O jornalismo no combate às fake news

As redes sociais revolucionaram o universo das comunicações e a forma como as informações são distribuídas. Nesta hora, é importante lembrar do importante papel profissionais e veículos de imprensa na sociedade.

tela de computador com a notícia de Fake News

O jornalismo tem o papel de duvidar e investigar. A dúvida é o ponto de partida para uma investigação minuciosa e responsável sobre fatos que interessem à sociedade. É indiscutível a importância da imprensa para a sobrevivência da democracia. Poderia citar milhares de casos em que o jornalismo foi primordial e decisivo ao revelar fraudes e atos de corrupção no mundo todo. No entanto, a era digital trouxe novos desafios tanto para os jornalistas como para os leitores. 


Se antigamente a informação era consumida durante o café da manhã em um ou dois jornais impressos, a onda virtual trouxe uma enxurrada de notícias diárias que pode até causar uma má digestão. Não que seja ruim ter acesso a mais informação, a questão é como esta informação passou a ser consumida e, principalmente, validada.


A liberdade que o ambiente digital proporciona ao usuário na escolha do que se quer consumir é a mesma que amplia o compartilhamento de notícias infundadas.
As fake news se tornaram o calcanhar de aquiles para quem produz conhecimento sério e perpetuou o que chamamos de ‘era da desinformação’. Uma era capaz de formar opiniões distorcidas, gerar linchamentos virtuais, reais e até interferir no processo democrático. 

Redes Sociais X Fake News

imagem mostrando um celular e alguns ícones

Não é de hoje que mentiras são espalhadas entre a sociedade, mas as redes sociais amplificam ainda mais a disseminação das fake news. É difícil conter a desinformação quando milhões de robôs são usados para espalhar rapidamente um conteúdo falso. Por isso, empresas como Whatsapp, Facebook e Twitter têm criado estratégias para combater esse mal. 


Apesar das acusações de controlar os algoritmos de acordo com interesses políticos e econômicos, Marc Zuckerberg contratou uma equipe gigantesca para apurar notícias publicadas na rede e bloquear as consideradas falsas. Entretanto, a responsabilidade de checar uma informação não deve recair apenas às grandes empresas de redes sociais, mas também ao público que a consome. 


O usuário precisa entender que criar ou difundir notícias falsas pode se tornar um problema judicial. A dica é sempre checar a informação recebida em sites de notícias confiáveis antes de compartilhá-la.

Fact-checking no combate à desinformação

Diante da disputa entre verdade e mentira, o jornalismo se torna ainda mais fundamental e relevante. Não é à toa que veículos de comunicação estão investindo em fact-checking (checagem de fatos) dentro das redações.


Outro setor que vem ganhando espaço no combate à desinformação são as agências especializadas em fact-checking, como a Agência Lupa, a primeira da área a surgir no Brasil.


Engana-se quem acha que a apuração dos fatos é feita apenas na base de fontes. O jornalismo atual está cada vez mais alinhado à ciência de dados nas investigações, ou seja, o método científico e jornalístico nunca estiveram mais próximos. Tanto é que houve um aumento no número de vagas para jornalistas especializados em dados. 


Além de distribuírem melhor o conteúdo na internet, os dados numéricos são capazes de analisar desde o dinheiro gasto em campanhas políticas até gerar gráficos de acordo com a base de dados de órgãos de controle a doenças, por exemplo.


Nesta linha científica, o Google acaba de lançar ferramentas de análise de dados para jornalistas. É um conjunto de recursos de busca e análise de dados chamado Journalist Studio. O objetivo é auxiliar os profissionais nas apurações jornalísticas.

Canais e plataformas para melhor se informar

Além da Agência Lupa citada anteriormente que faz o trabalho de fact-checking, a Aos Fatos também é um canal de checagem. Eles têm feito um acompanhamento em tempo real dos discursos políticos. Uma plataforma que vale a visita justamente por estarmos em tempos eleitorais. 


Um exemplo de ferramenta que tenta barrar as fake news envolvendo o novo coronavírus, é o chatbox desenvolvido no whatsapp em que o usuário consegue confirmar em tempo real se a informação é verdadeira. O Ministério da Saúde também disponibilizou um canal de dúvidas sobre a covid-19 no whatsapp


É preciso lembrar que grandes empresas de comunicação tradicionais no país ainda são consideradas fontes confiáveis de informação. São locais onde ainda há produção de notícias por parte de jornalistas formados e renomados, mas saiba que muitos ainda são ligados a classe política e grandes empresários.


Se você cansou desse jogo dentro do jornalismo que confunde trabalho com interesses políticos, aí vão algumas opções do jornalismo independente brasileiro que tem ganhado cada vez mais espaço e credibilidade: Ponte Jornalismo, Nexo Jornal, Agência Pública e Think Olga, Congresso em Foco, #Colabora e Portal Catarinas

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